A indústria de shopping centers continua em desenvolvimento no Brasil. É o que mostra o Censo Abrasce 2015-2016. Maior radiografia do setor, o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em parceria com a GEU (Grupo de Estudos Urbanos), traz importantes informações sobre o cenário de malls no país, englobando aspectos como faturamento, frequência, localização e estrutura. Para esta edição, foram convidados 538 empreendimentos em operação no Brasil.
Entre os dados da pesquisa, destacam-se as vendas realizadas por região. Do total registrado em 2015, R$ 151,5 bilhões – crescimento de 6,5% com relação a 2014 – os shoppings no Sudeste contribuem com o maior faturamento do setor: R$ 87 bilhões. O segundo melhor desempenho foi o da região Nordeste, com R$ 25,8 bilhões, seguida pelo Sul (R$ 18,17 bilhões), Centro-Oeste (R$ 13,5 bilhões) e Norte (R$ 6,9 bilhões). O Nordeste reforçou seu potencial este ano, superando mais uma vez o Sul em ABL e faturamento e apresentando shoppings com maior tamanho médio de ABL: 31.656 m², seguido pelas regiões Norte (29.089 m² de ABL) e Sudeste (28.168 m² de ABL). A região foi também a que apresentou maior faturamento anual médio por shopping: R$ 322,6 milhões, seguida pelo Sudeste (R$ 298 milhões) e Centro-Oeste (R$ 270,8 milhões).
A pesquisa permite constatar a consolidação do interior como ponto de atração para novos shoppings. Segundo o levantamento, 67% das inaugurações de 2015 ocorreram fora das capitais. O Censo Abrasce 2015-2016 mostra que, no fim de 2015, 48% dos shopping centers estavam localizados em capitais brasileiras e 52% em outras cidades. Ainda, 41% do total dos centros de compras estão concentrados em cidades com menos de 500 mil habitantes, o que aponta para uma tendência cada vez maior de interiorização desses empreendimentos. Em 2016, dos 30 lançamentos anunciados até o fim do ano, 23 estão previstos para ocorrer fora das capitais.
Outro destaque fica por conta dos formatos dos empreendimentos, acompanhando a tendência de transformar os centros comerciais em núcleos de convivência. Segundo o Censo 2015-2016, 34% dos shoppings fazem parte de um complexo multiuso. Muitos deles incluem condomínio empresarial (69%), hotel (38%), torre com centro médico e/ou laboratórios (29%), condomínio residencial (23%), faculdades/universidades (18%), entre outros. Cada vez mais comuns, os complexos multiuso otimizam a exploração dos espaços e oferecem maior comodidade e conveniência aos frequentadores.
Em 2015, a indústria de malls totalizou cerca de 53.800 novos postos de trabalho. Atualmente, estima-se que haja mais de 1 milhão de empregos diretos nos shoppings brasileiros, o que corresponde a um aumento de 5,5% com relação a 2014. O número de frequentadores também saltou de 431 milhões de visitas por mês para 444 milhões em 2015, alta de 3,2% com relação ao ano anterior.
O Perfil de Shoppings no Brasil
- Shopping centers em operação: 538;
- Número de cidades com shoppings no Brasil, ao final de 2015: 196;
- Total de ABL (Área Bruta Locável) no Brasil: 14,680 milhões de m² (aumento de 6% em relação ao ano anterior);
- Faturamento total do Brasil em 2015: R$ 151,5 bilhões, o que representa um crescimento de 6,5% em relação a 2014;
- O Sudeste é a região do Brasil que, disparado, obteve o maior faturamento do setor: R$ 87 bilhões. O segundo melhor desempenho foi da região Nordeste, com R$ 25,8 bilhões, seguido pela região Sul (R$ 18,17 bilhões), Centro-Oeste (R$ 13,5 bilhões) e Norte (R$ 6,9 bilhões);
- 89% dos shopping centers brasileiros são empreendimentos do tipo tradicional e 11% especializados (outlet, lifestyle e temáticos). Destes, 15% são outlets.
- 48% dos shopping centers estão localizados em capitais brasileiras e 52% em outras cidades;
- Os shoppings brasileiros receberam cerca de 444 milhões de visitas por mês em 2015, o que representa um aumento de 3,2% em relação ao ano de 2014;
- Existem mais de 98.200 lojas nos 538 shopping centers brasileiros;
- Existem 770.597 vagas de estacionamento em shoppings em todo o território nacional;
- 2.581 salas de cinema nos centros de compra de todo o Brasil;
- Estima-se que haja mais de 1 milhão de empregos diretos nos shoppings brasileiros (aumento de 5,5%).